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Proposta 25 de Outubro

LÚMEN ESPECÍFICAS
REDAÇÃO
Professores: Márcio, Sinval e Zé Laranja

- Textos motivadores

- Texto 1

Seis passos básicos contra o bullying: veja do que alunos, pais e escolas precisam para combater a prática
Combater o bullying é obrigação prevista em lei, mas a prática persiste em todo o país e é apontada como motivação para um ataque dentro de uma escola em Goiás. Especialistas ouvidos pelo G1apontam em seis passos como as escolas e as famílias podem agir com eficácia para lidar com esse problema:
-  Reconhecer a existência do bullying
-  Conhecer e cumprir a lei de combate ao bullying
- Transformar os valores dos alunos
- Engajar os professores
- Envolver os pais na vida escolar
- Não subestimar o cyberbullying
(...)
"Os alunos dizem: 'Quando eu xingo alguém no grupo de WhatsApp, ele não sente tanta vergonha quanto sentiria na vida real'. Isso não é verdade, porque a pessoa se sente humilhada da mesma maneira, é a mesma humilhação. Mas o aluno tem essa falsa ideia de que machuca menos." - Maria Cláudia Minozzo Poletto, vice-diretora do Colégio Rainha da Paz
Outro desafio que as redes sociais apresentam é a relutância dos alunos em preservar a própria privacidade. No Rainha da Paz, essa questão é trabalhada com alunos e pais desde o quinto ano do ensino fundamental, com crianças a partir de 11 anos. "Falamos sobre não deixar redes sociais abertas, sobre o que pode acontecer com uma foto sua quando é colocada na internet. Eles falam que sabem o risco que correm, porque quando deixam as redes fechadas vão ter menos curtidas. Tem aluno do quinto ano que sabe disso."

Comentários:

R.: Estão criando uma geração do dodóis, insociáveis, que se chateiam por qualquer brincadeira, quando devia aproveitar para se relacionar com as pessoas.
J. K.: R. falou tudo que eu penso. Já fui muito aloprado na escola, já aloprei também, hoje eu lembro e dou risada. Era todo mundo criança. Trombo o pessoal da escola na quebrada sempre troco ideia. É o sistema querendo fazer uma sociedade de frágeis moralmente.
M. S.: O R., o J K e o Chaledadoida tem toda razão!!! A galera do politicamente correto transformando uma coisa que era sadia e normal entre as crianças numa coisa errada.
M. S.: A sociedade está doente!!! Me lembro que no meu tempo de escola cada um tinha seu apelido. A gente zoava e era zoado, brigava, depois fazia as pazes com o colega, mas tava tudo bem. Aprendíamos que não era pra levar desaforo pra casa mas tínhamos que ter um bom convívio com os colegas de sala, brigava e em meia hora tava todo mundo amigo dinovo. Se tem uma brincadeira hoje em dia a criança pega uma pistola e sai atirando em todo mundo.
E. F.: Põe o moleque no jiu-jitsu pra arrancar o braço dos coleguinhas que fizerem bullying com ele.
F. C. Infelizmente graças a estes 13 anos de educação decadente LuloPetistaPauloFreiriana o rapaz virou adorador doDiabo ignorando os ensinamentos cristãos e acabou virando um AssassinoPsicopata por culpa dos EsquerdoBostas! Não me admira que defendam tanto a pedofilia também!


- Texto 2

Escola contra violência
A humilhação, combinação de vergonha e raiva, geraria no longo prazo um conflito psicológico corrosivo e perigoso
Jairo Bouer, O Estado de S. Paulo, 09 Abril 2017

          Como pensar em uma escola que possa contribuir para a prevenção das diversas formas de violência existentes em nossa sociedade? Alguns trabalhos publicados nas últimas semanas dão pistas nessa direção. Em uma fase do desenvolvimento em que crianças e jovens estão estruturando os padrões de comportamento que vão adotar na vida, que intervenções ou abordagens poderiam ser utilizadas?
          O primeiro estudo sugere que a humilhação é um dos combustíveis para o escalonamento de ideias radicais e extremistas, que contribuiriam, por exemplo, para que jovens decidam se engajar em práticas terroristas ou em atos de violência exacerbada.
          A humilhação, combinação de vergonha e raiva, geraria no longo prazo um conflito psicológico corrosivo e perigoso. Os textos foram publicados em uma edição especial do periódico American Psychologist e foram divulgados pelo jornal inglês Daily Mail.
          Especialistas acreditam que se os impactos da humilhação no comportamento fossem melhor compreendidos e até evitados, a violência em um determinado grupo poderia ser reduzida. Outro aspecto surpreendente dos trabalhos mostra que não são apenas os mais “fracos” que podem se sentir humilhados. A sensação de impunidade causada, por exemplo, por um ato terrorista contra um grupo ou um governo, em que os responsáveis não são devidamente punidos, pode gerar humilhação nos mais “fortes”. Assim, o ciclo de violência seria retroalimentado.
          Extrapolando para o ambiente escolar o impacto que a humilhação pode ter na radicalização de ideias e comportamentos, seria interessante que professores, pais, alunos e direção pudessem pensar em projetos e programas que evitassem essa situação entre os jovens. Incluir e não excluir todos os envolvidos parece ser o melhor caminho.
          Sabemos que o bullying é um dos fatores que pode gerar vergonha, desprezo, raiva e isolamento. Ao combater essa forma de pressão emocional e assédio moral, se reduziria a humilhação vivida no dia a dia por muitos jovens e, assim, por tabela, se diminuiria tanto o sofrimento e a tristeza deles como eventuais reações violentas e potencialmente explosivas dos dois lados.
          Outro estudo, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, mostra que 42% dos jovens britânicos que gostam de humilhar os colegas enfrentam uma preocupação excessiva em perder peso ou ganhar mais músculos. Entre as vítimas, esse índice é ainda maior, de 55%. Essa situação tornaria esses jovens mais propensos a desenvolver transtornos como anorexia e bulimia, segundo o estudo, publicado no periódico International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.
          Assim, a escola que trabalha melhor as diferenças e combate ativamente os preconceitos geradores de humilhação pode estar contribuindo para a formação de indivíduos melhores e mais felizes, o que, em última instância, levaria a uma sociedade mais justa e menos violenta.
          Nesse sentido, aqui no Brasil, no momento em que o Ministério da Educação define a Base Nacional Comum Curricular, retirar as menções a “identidade de gênero” e “orientação sexual” do texto final vai na contramão do que é razoável e amplamente amparado em evidências em vários países. A medida desobriga ou, na melhor das hipóteses, deixa na mão de cada escola ou rede municipal ou estadual decidir se esse assunto é ou não relevante na redução de preconceito e violências. E está mais do que óbvio que é! Ainda dá tempo de mudar e evitar, assim, a perpetuação desse equívoco histórico.


- Texto 3 – Editorial

          Quem vai a campo conhecer a realidade das escolas brasileiras ouve relatos tão assustadores quanto revoltantes. Crianças e adolescentes revelam experiências de assédio moral e sexual, agressão verbal e física, dramas psicológicos variados. Mas a frequência e a reincidência dessas práticas causam mais que assombro e indignação. Despertam uma pergunta básica: por quê?
          Onde estão os responsáveis por alunos tão jovens, antes, durante e depois de eles passarem por vivências traumatizantes? O que fizeram para prevenir, enfrentar ou solucionar o problema? Elegem corretamente suas prioridades em termos de educação? Enxergam e conhecem, de fato, os alunos que passam no mínimo quatro horas por dia na escola? Enxergam e conhecem, realmente, quem está perto deles enquanto estudam, brincam, lancham, conversam?
          É inegável a relevância de fatores como número de matrícula, taxa de permanência na escola, desempenho escolar, indicadores de qualidade. No entanto, esses dados estão diretamente relacionados com o ambiente físico e, sobretudo, psicológico em que meninas e meninos adquirem conhecimentos que farão diferença pelo resto de suas vidas.
          Quando um vigia provoca um incêndio que leva à morte crianças e a si próprio dentro de uma escola, o episódio gera comoção nacional. Mas corre o risco de cair no esquecimento. Quem ainda ouve falar da morte de mais de uma dezena de crianças numa escola de Realengo, em 7 de abril de 2011? Um atirador disparou à queima-roupa contra professoras e estudantes, suicidando-se em seguida.
          Esses são casos extremos que ganham as manchetes. Há, porém, os crimes silenciosos, que raramente têm visibilidade e, portanto, se perpetuam sem que se tente impedi-los.
          Ninguém suspeita de nada? Ninguém lê nas escolas os sinais que normalmente antecedem e caracterizam as diferentes formas de violência de que são alvos tantos estudantes? Ademais, como se sabe, a educação de meninas, meninos, adolescentes e jovens extrapola o âmbito familiar e envolve uma rede que vai dos gabinetes do poder público às salas de aula, passando por pátios, cantinas, quadras esportivas, entorno escolar. Todos têm sua parcela de responsabilidade pela saúde física e mental dos milhões de estudantes que hoje frequentam as mais de 200 mil escolas de educação básica do Brasil.
          Cabe lembrar que os diversos tipos de violência não se restringem às instituições públicas de ensino. Incluem as particulares. Naturalmente, a falta de recursos das famílias de baixa renda agrava o quadro, pois elas geralmente não têm como apelar para trocas de sala, de escola ou de professores ou mesmo, em casos extremos, para contratar psicólogos, advogados ou quaisquer profissionais necessários para garantir o bem-estar da criança em situação de agravo.
          Tudo isso se torna ainda mais preocupante quando se observa uma espécie de complexo de avestruz, pelo qual não enxergar a gravidade da situação ou negá-la é a única resposta a um drama que afeta estudantes, professor e o próprio sistema escolar.
          Chama a atenção que um país como o Brasil, com uma das taxas mais altas de violência do mundo, despreze a necessidade de se pesquisar por que esses níveis inaceitáveis de outras formas de violência atingem as escolas. É de pequenos cidadãos que estamos tratando. Merecem políticas públicas que tornem visível o problema para enfrentá-lo imediatamente.


- Texto 4 – Dissertação UOL Banco de Redações

Agressividade entre jovens


          Um dos maiores problemas atuais, intrínseco ao âmbito juvenil, é o "bullying", isto é, comportamento violento assumido por algumas pessoas, que discriminam, humilham e chegam a agredir fisicamente outras, causando-lhes perda de autoestima e diminuindo a produtividade destas.
          Nos diversos centros de ensino do Brasil, estabelece-se supostamente uma hierarquia, em que estudantes de má conduta ficam num patamar superior a qualquer outro, por instigarem constantemente indivíduos ou grupos com pensamentos, aparências ou gostos análogos aos seus.
          Segundo pediatras e psiquiatras, os agressores recebem influências principalmente de seus familiares. Em alguns casos é a falta de afeto, a comunicação falha e as discussões diárias que incitam os jovens a perpetuarem o "bullying", reproduzindo os acontecimentos de seus lares em novos lugares. No entanto, o excesso de atenção e a falta de correção pelos pais também podem causar o mesmo mal, já que os jovens asseguram-se na proteção exacerbada que recebem e deixam de temer punições, geralmente frouxas.
          Outro fator que ainda contribui para a continuação dessa tirania é a falta de desvelo das escolas com o problema. Essas, por sua vez, preferem omitir a existência dos conflitos entre alunos, em vez de deixar claro que não aceitarão tais práticas, incitando professores e coordenadores à supervisão ampla e constante de qualquer forma de intimidação.
          Se houvesse um acompanhamento mais eficaz dos estudantes, por pais e educadores e também uma divulgação generalizada na mídia como a que ocorre para prevenção do uso de álcool e de drogas, essa violência poderia cessar. Mas, na verdade, o que ocorre é a sua expansão para a internet, originando o "cyberbullying", em que ameaças ou xingamentos são lançados, podendo ser anônimos.
          Não demorará e veremos outros ambientes se tornando suporte para a prática do "bullying". Portanto, é essencial que existam propagandas, campanhas e atividades que informem os brasileiros, além de orientações e penas mais severas aos infratores, para que, dessa forma, a convivência entre os jovens seja mais saudável.


- Proposta 1 – Dissertação Enem

A violência nas escolas reproduz a violência na sociedade, não é um fenômeno intramuros isolado.

- Proposta 17 – Dissertação

Reflita sobre o conteúdo dos textos mencionados e elabore uma redação de gênero dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Para a educação eficiente, é preciso consolidar a parceria Família e Escola.

- Proposta 18 – Artigo de Opinião

          O artigo de opinião é um gênero discursivo cujo objetivo é manifestar a perspectiva assumida por um autor. Geralmente é veiculado em um jornal ou revista e considera diferentes pontos de vista sobre uma questão relevante em termos políticos, sociais, culturais. Deve ter caráter informativo e argumentativo.
          Assuma a função de um articulista de um jornal fictício, porém sem se identificar. Para elaborar seu artigo de opinião, leia os excertos a seguir.
          Redija, em norma-padrão da língua portuguesa, um artigo de opinião, por meio do qual você exponha argumentos e assuma uma posição com base nos conteúdos dos textos da coletânea, sobre o seguinte tema:
Educação Física e Artes são necessárias para a formação de jovens saudáveis.

- Texto 19 – Artigo de Opinião

Por Leandro Narloch

          Falta água, sobra inflação, falta luz, sobram escândalos, o Congresso e as escolas públicas são pura piada, as ações da empresa que prometia ser orgulho nacional valem trocados. Com tanta notícia apontando para um colapso nacional, é fácil culpar a própria cultura pelos erros do país e cravar que “o problema do Brasil é o brasileiro”.
          Não somos os únicos a culpar a própria cultura. Os argentinos, numa versão similar ao nosso “é culpa de Portugal”, atribuem suas falhas à colonização de “brutos” espanhóis e italianos. Só que uma colonização muito parecida ocorreu no Chile, o sensato Chile. Os italianos até concordariam com os argentinos, pois também acham que o problema da Itália é o italiano. Sobre a Venezuela, já vi gente afirmando que a herança histórica e cultural levou os venezuelanos ao autoritarismo. Mas então o que dizer de colombianos e panamenhos, tão parecidos culturalmente e cada vez mais liberais?
          No Brasil, a ideia de algum traço da cultura sabota o país se manifesta à esquerda e à direita, em conversas de rua e em teses universitárias. Tem quem explique os problemas nacionais por uma suposta preguiça de negros e mestiços. “O brasileiro é pobre porque não gosta de trabalhar”, ouvíamos anos atrás. Hoje se propaga uma versão simétrica desse equívoco. O problema não seria os negros, mas os brancos: a raiz das mazelas nacionais seria uma elite branca preconceituosa e apegada a privilégios.
          Na rua, dizem que culpa é do jeitinho brasileiro, a nossa bem conhecida habilidade de ignorar as regras e favorecer parentes e amigos. Na Unicamp, empilham-se teses sobre os efeitos da “herança escravagista do Brasil patriarcal”, que teria criado uma elite acostumada a viver do esforço dos outros. Como se estivéssemos presos a um determinismo sociológico.
          Longe de mim ter orgulho ou defender a cultura brasileira (ou qualquer cultura nacional). Meu ponto é que outros povos cheios de defeitos atropelaram arcaísmos e prosperaram. Os americanos sulistas são muito mais racistas que nós – mas isso não impede que a renda média dos negros americanos seja duas vezes a dos brasileiros. Ingleses até hoje mantém distinções de classe, o que muito professor da Unicamp consideraria motivo suficiente para subdesenvolvimento. Nos anos 70, pouca gente acreditaria que países da Ásia seriam tão ricos e desenvolvidos quanto os europeus. Era comum pensar que algum traço cultural limitava o progresso da Ásia, como o confucionismo na China. Hoje o PIB per capita de Hong Kong é 40% maior que o da Inglaterra; o de Cingapura é duas vezes o da França.
          O problema não é cultura, mas as regras do jogo. O jeitinho brasileiro não é exclusivo ao Brasil – na verdade existe em todo lugar com excesso de burocracia. Um venezuelano ou um lord inglês, depois de um período de adaptação, vão andar na linha num ambiente em que outros andam na linha, e vão picaretear se acreditarem que os outros picareteiam sem serem punidos. Se há instituições (públicas ou privadas) que façam valer o que foi combinado e garantam direitos de propriedade, a cooperação aparece.
          Dito isso, admito que há teses de peso sobre características da população capazes de influenciar a política. Os economistas Alberto Alesina e Edward Glaeser acreditam que, em países com mais diversidade étnica, as pessoas são menos dispostas a contribuir com o estado de bem-estar social (por isso os EUA não teriam um sistema equivalente ao da homogênea Dinamarca). Também se diz que, em países mais desiguais, os governos são mais irresponsáveis na economia, pois tendem a sacrificar as contas públicas com assistencialismo, para garantir o voto dos pobres. Mas isso diz pouco sobre costumes ou herança cultural: aconteceria com alemães ou dinamarqueses nas mesmas condições. E não impediu os Estados Unidos – um país tão heterogêneo quanto o Brasil e bem mais desigual que a Europa – de enriquecer.
          O Brasil, como mostra o noticiário das últimas semanas, tem problemas de sobra. Mas o brasileiro não é um deles.


- Texto 6

Os Conselhos Municipais, ou populares, são espaços compostos por representantes do poder executivo e da sociedade civil. Metade dos membros são provenientes de órgãos da sociedade civil, enquanto a outra metade são representantes do Estado.
A participação popular é garantia constitucional nas áreas de seguridade social, educação, entre outras. Por isso, normalmente existem vários conselhos em um único município, pois cada um trata de uma área diferente do interesse público, como: educação, saúde, infância e juventude, direitos da mulher, mobilidade urbana, meio ambiente, entre outras. No Politize, você pode ler sobre as funções dos Conselhos de Juventude, a partir dos relatos de um ex-membro de um desses grupos.
A denominação desses conselhos pode variar de acordo com as suas atribuições e a área em que atuam. Os conselhos citados pela Constituição – como de educação, saúde e assistência social – são Conselhos Municipais de Políticas Públicas, pois neles há, de fato, toda o debate e tomada de decisão em torno dessas políticas. Nesses espaços, a sociedade civil pode intervir na implementação de políticas públicas, questionar seu funcionamento e propor alterações e melhorias. Afinal, é o povo que sente as consequências das medidas do poder público.
Já em conselhos municipais de outras áreas, como de Direitos da Mulher, da Juventude, do Meio Ambiente, a função pode ser consultiva. Dependerá do que estiver disposto na lei orgânica de cada município. No gráfico abaixo, você confere quantos conselhos de cada área existem no Brasil, segundo a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados:
conselhos municipais gráfico

- Proposta 20 – Dissertação

Negar a participação na vida política não é o caminho para resolver os problemas do Brasil.

- Proposta 21 – Dissertação

Reflita sobre o conteúdo dos textos mencionados e elabore uma redação de gênero dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A indignação da população brasileira está produzindo uma desolação, apatia, conformismo.

- Proposta 22 – Artigo de Opinião

          O artigo de opinião é um gênero discursivo cujo objetivo é manifestar a perspectiva assumida por um autor. Geralmente é veiculado em um jornal ou revista e considera diferentes pontos de vista sobre uma questão relevante em termos políticos, sociais, culturais. Deve ter caráter informativo e argumentativo.
          Assuma a função de um articulista de um jornal fictício, porém sem se identificar. Para elaborar seu artigo de opinião, leia os excertos a seguir.
          Redija, em norma-padrão da língua portuguesa, um artigo de opinião, por meio do qual você exponha argumentos e assuma uma posição com base nos conteúdos dos textos da coletânea, sobre o seguinte tema:
O fatalismo, o conformismo e a apatia fazem parte da cultura do brasileiro.

CARTILHA DO PARTICIPANTE REDAÇÃO ENEM 2017

 

- Como saber se o participante está ferindo os direitos humanos na redação?
              A prova de redação do Enem sempre assinalou a necessidade de o participante respeitar os direitos humanos (DH). A partir de 2013, após a publicação das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos – ocorrida em 2012 –, o edital do exame tornou obrigatório o respeito aos DH, sob pena de a redação receber nota zero. Depois dessa determinação, os temas de redação passaram a propiciar maiores discussões sobre o assunto.
              Pode-se dizer que determinadas ideias e ações serão sempre avaliadas como contrárias aos direitos humanos, tais como: defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de “justiça com as próprias mãos”, isto é, sem a intervenção de instituições sociais devidamente autorizadas (o governo, as autoridades, as leis, por exemplo); incitação a qualquer tipo de violência motivada por questões de raça, etnia, gênero, credo, condição física, origem geográfica ou socioeconômica; explicitação de qualquer forma de discurso de ódio (voltado contra grupos sociais específicos). Fique atento: apesar de a referência aos direitos humanos ocorrer apenas na Competência 5, a menção ou a apologia a tais ideias em qualquer parte de seu texto levará sua prova a ser anulada.
               Há, também, algumas ideias e ações contrárias aos DH que estão mais diretamente relacionadas ao tema da prova. No Enem 2016, com o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, configuraram-se como propostas que feriam os DH as que desconsideravam os princípios da dignidade humana, da igualdade de direitos e do reconhecimento e valorização das diversidades.

Assim, de modo mais específico, foram anuladas as redações que feriram os direitos humanos porque incitaram:
- ideias de violência ou de perseguição contra seguidores de qualquer religião, filosofia, doutrina, seita, inclusive o ateísmo ou quaisquer outras manifestações religiosas (desde que estas respeitem os direitos humanos);
- ideias que possam ferir o princípio de igualdade entre as pessoas, atacando grupos religiosos, bem como seus elementos de devoção, deuses e ritos;
- ideias que levam à desmoralização de símbolos religiosos;
- ideias que defendam a destruição de vidas, imagens, roupas e objetos ritualísticos;
- ideias de cerceamento da liberdade de ter ou adotar religião ou crença de sua escolha e da liberdade de professar religião ou crença, de forma individual ou coletiva, pública ou privada, por meio de culto ou celebração de ritos;
- ideias que difundem propostas de proibição de fabricação, comercialização, aquisição e uso de artigos e materiais religiosos adequados aos costumes e às práticas fundadas na respectiva religiosidade, ressalvadas as condutas vedadas por legislação;
- ideias que estimulem a violência contra infratores da lei e/ou contra indivíduos intolerantes, tais como: linchamento público, tortura, execução sumária, privação da liberdade por agentes não legitimados para isso.

                A seguir, são apresentados alguns exemplos de trechos que levaram à atribuição de nota zero a redações de participantes do Enem 2016 por ferirem os direitos humanos:
- para combater a intolerância religiosa, deveria acabar com a liberdade de expressão.
- podemos combater a intolerância religiosa acabando com as religiões e implantando uma doutrina única.
- o Estado deve paralisar as superexposições de crenças e proibir as manifestações religiosas ao público.
- a pessoa que não respeita a devoção do próximo não deveria ter direito social, como o voto.
- a única maneira de punir o intolerante é o obrigando a frequentar a igreja daquele que foi ofendido, para que aprenda a respeitar a crença do outro.
- que o indivíduo que não respeitar a lei seja punido com a perda do direito de participação de sua religião, que ele seja retirado da sua religião como punição.
- por haver tanta discriminação, o caminho certo que se tem a tomar é acabar com todas as religiões.
- que a cada agressão cometida o agressor recebesse na mesma proporção, tanto agressão física como mental.
- o governo deveria punir e banir essas outras crenças, que não sejam referentes a Bíblia.
              Em resumo, na prova de redação do Enem, constituem desrespeito aos DH propostas que incitam as pessoas à violência, ou seja, aquelas em que transparece a ação de indivíduos na administração da punição, por exemplo, as que defendem a justiça com as próprias mãos. Por isso, não caracterizam desrespeito aos DH as propostas de pena de morte ou prisão perpétua, uma vez que conferem ao Estado a administração da punição ao agressor. Essas punições não dependem de indivíduos, configuram-se como contratos sociais cujos efeitos todos devem conhecer e respeitar em uma sociedade.

IMPORTANTE!
O título é elemento opcional na produção da sua redação e será considerado como linha escrita. Porém, o título não será avaliado em nenhum aspecto relacionado às competências da matriz de referência.

- ANÁLISE DA COMPETÊNCIA 4

Há, nesta redação, repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações. Há articulação entre os parágrafos (De modo análogo, portanto) e entre as ideias dentro de um mesmo parágrafo (1º parágrafo: Embora; 2º parágrafo: isto é,
Contudo, uma vez que, o que; 3º parágrafo: o que, todavia, assim; 4º parágrafo: primeiramente, ademais, por fim, afinal).

Redação de Isabella Ribeiro de Sena Carvalho

               Embora seja direito assegurado a todos os cidadãos pela Constituição Federal, a liberdade religiosa não é garantida de modo isonômico aos brasileiros. Ora velada, ora implícita, a intolerância quanto ao diferente faz parte da realidade do país. Infelizmente, o desconhecimento da população em relação ao processo de formação da nação e a falta de punição sob os que atentam contra a religião do próximo impedem que o respeito à diversidade cultural brasileira seja consolidado.
               Segundo os sociólogos da chamada “Geração de 30”, muito importantes para o desenvolvimento da antropologia no país, o Brasil é formado por uma fricção interétnica. Isto é, desde os tempos da colonização, diferentes culturas compartilham o mesmo território. Contudo, tal interação não ocorre de forma harmônica, uma vez que a persistência do pensamento eurocêntrico do século XVI, que considera os costumes de outros povos como inferiores, gera a intolerância religiosa dos dias atuais. Inquestionavelmente, o preconceito quanto às culturas minoritárias ainda é muito marcante no país, o que é responsável por quadros de violência e por conflitos sociais. O caso de apedrejamento de uma menina de onze anos vestida com trajes típicos do candomblé, ocorrido no Rio de Janeiro, é prova da falta de respeito de parte dos brasileiros às diferentes culturas que formam o país.
               De modo análogo, a certeza da impunidade faz com que crimes de ódio continuem acontecendo. Consoante aos ideais liberais de John Locke, as leis brasileiras caracterizam-se pelo respeito às liberdades individuais, o que é, sem dúvidas, uma grande conquista dos brasileiros. Todavia, o que é proposto pela legislação não é colocado em prática integralmente, contribuindo, assim, para o crescimento do preconceito no país. O crescente número de denúncias relacionadas à intolerância religiosa, constatadas pela Secretaria dos Direitos Humanos, comprova que uma parcela da população brasileira ainda não tem acesso à plena liberdade de culto e religião.
               A fim de garantir, portanto, a equidade na garantia de direitos à população, são necessárias transformações na sociedade brasileira. O Ministério da Educação, primeiramente, deve inserir à matriz curricular estudantil debates e estudos antropológicos acerca do processo de formação do país, de modo a valorizar a participação das mais variadas culturas na composição da identidade brasileira. Ademais, cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social a realização de palestras, sarais e exposições que exaltem a importância do respeito à diversidade religiosa do Brasil. Por fim, cabe às Secretarias de Segurança Pública a criação de delegacias especializadas na investigação de crimes que envolvam a intolerância religiosa, de modo a intensificar o combate a tal preconceito. Afinal, somente com a cooperação entre Estado e sociedade será possível lutar contra a intolerância, um mal que ameaça o Brasil.


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