Gravidez na adolescência é tema de oficina com especialistas e adolescentes

Brasília, 9 de novembro de 2015 – Para compreender as causas e determinantes da gravidez na adolescência no Brasil e levantar informações que contribuam para a implementação efetiva de políticas públicas que promovam a saúde sexual e reprodutiva nessa fase da vida, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Instituto de Direitos da Criança e do Adolescente (INDICA) realizarão nos dias 10 e 11 de novembro, no Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília, a oficina Gravidez na Adolescência – vozes de adolescentes e especialistas.
No evento, adolescentes e especialistas estarão em diálogo para problematizar o fenômeno da gravidez na adolescência no País, buscando compreender contextos, circunstâncias, motivações e suas implicações nas trajetórias de vida e nos resultados das políticas públicas. Por meio de uma abordagem centrada nos direitos humanos, participantes da oficina vão analisar desafios e potencialidades da implementação de políticas públicas de saúde, com foco na promoção e atenção à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e identificar possíveis caminhos para atingir aquelas e aqueles que estão em contextos de maior vulnerabilidade. Segundo o Relatório sobre a Situação da População Mundial 2013, publicado pelo UNFPA, a gravidez na adolescência é, muitas vezes, a causa e a consequência de violações que podem comprometer a capacidade de uma menina em exercer seus direitos a educação, saúde e autonomia.
Dados desagregados do Sistema de Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, apontam que, em 2011, um em cada quatro partos realizados em instituições públicas de saúde foi de uma gestante adolescente. Esse quantitativo reafirma a importância do investimento em políticas públicas voltadas para a proteção e a promoção do direito à saúde sexual e reprodutiva e que garantam a participação de adolescentes nas etapas de formulação, implementação, monitoramento e avaliação. O relatório da oficina integrará uma publicação contendo subsídios para a tomada de decisões e ajustes de rota na implementação das políticas, bem como relatos de experiências que possam influenciar os processos de trabalho, a prática do cuidado dirigido a adolescentes grávidas, seus (suas) companheiros (as) e familiares.
fonte: https://www.unicef.org/brazil/pt/media_31532.html
Click no Link Abaixo para fazer download da aula complementar de Gravidez.
https://docs.google.com/uc?export=download&id=1IzxKwPp7DVXRMdNcsuidJ7BwpheZS9mh
Relembrando
SEXO NAS ESCOLAS, MELHOR COM ELE DO QUE SEM ELE
É fato que os jovens de hoje, de um modo geral, iniciam sua vida sexual mais cedo do que a minha geração. Apesar disso, podemos notar que esses mesmos garotos a garotas estão pouco preparados para enfrentar os riscos dessa "fase hedonista". Por isso me pergunto: Para meter a cara no sexo, não seria interessante saber um pouco mais sobre tudo que envolve essa nova etapa? Se sim, a quem caberia falar - e ensinar - sobre esse assunto tão crucial?
Vamos aos fatos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) aumentou substancialmente nos últimos dez anos, principalmente entre jovens de 13 a 24 anos. Os casos de AIDS vêm aumentando a cada ano, contrariando uma tendência do resto do mundo, onde houve uma redução de 11% nos últimos cinco anos, segundo a UNAids - órgão da ONU criado para lidar com a epidemia.
Estão vendo como "o buraco é mais embaixo"? Estamos diante de um paradoxo: os adolescentes têm cada vez mais acesso a informações e conhecimento, mas se preocupam cada vez menos em se precaver.
É aí que eu entro! Essas atitudes inconsequentes sempre foram típicas da adolescência. "Os moleque é 'vida loca'!" Se não houver suporte dos mais experientes, é muito fácil "meter os pés pelas mãos". E como falar sobre sexo sempre foi um tabu para a maioria das famílias, acredito que, mais uma vez, caberia à escola esse papel, pelo menos para dar o pontapé inicial. Professores capacitados, preparados para discutir educação sexual com esses jovens, sem dúvida, ajudariam a reduzir os casos de DST nessa faixa etária, bem como a evitar um outro problema bastante comum: a gravidez de adolescentes.
Mas sempre há aqueles pais que, embora nunca falem sobre sexualidade com seus filhos, acham que esse também não é papel da escola. Para eles, vale a pena lembrar que, entre 2004 e 2015, o índice de gravidez entre meninas de 10 a 19 anos diminuiu 17%, segundo o Ministério da Saúde. Sabem por quê? Culpa dos programas Saúde na Família e Saúde na Escola, implementados pelo Governo, prova cabal de que a conscientização ainda é o melhor contraceptivo.
Então, quem melhor do que um bom professor, em quem confiamos, para nos mostrar de forma responsável os caminhos para uma vida sexual plena - e acima de tudo - com menos riscos?
Autor: Zé Laranja
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