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PROPOSTAS 13 DE SETEMBRO


LÚMEN ESPECÍFICA DE REDAÇÃO
PROFESSORES MÁRCIO, SINVAL, ZÉ LARANJA

- Proposta 5
              A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
A civilização contemporânea é urbana, mas é preciso humanizar as cidades.
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

- Texto 1

O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas
Não importa se são ruins, nem importa se são boas
E a cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs
A cidade não para, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade se encontra prostituída
Por aqueles que a usaram em busca de saída
Ilusora de pessoas de outros lugares
A cidade e sua fama vai além dos mares
No meio da esperteza internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A cidade não para, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A Cidade, Chico Science e Nação Zumbi – composição de Chico Science, disponível em: https://www.letras.mus.br/nacao-zumbi/77652/
- Texto 2

A cidade, principalmente a grande cidade, é a forma mais civilizada que o homem já encontrou para estabelecer uma relação construtiva com outros homens.
É só nela que existe o espaço suficiente para que ele realize todas suas potencialidades como ser político, como construtor, como artista.
Desde a pólis grega, foi sempre nas cidades que o futuro da humanidade foi escrito. O renascimento não existiria sem Firenze e Roma. As caravelas que fizeram os grandes descobrimentos  partiram de Gênova e Lisboa. A Revolução Francesa aconteceu em Paris. Foi com a tomada do Palácio de Inverno em São Petersburgo que se deu início à Revolução Comunista. As Torres Gêmeas, cuja destruição provocou a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, estavam em Nova York.
Juscelino dizia que o Brasil precisava de uma nova cidade como capital e Niemayer e Lúcio Costa construíram Brasília, essa bela e grande cidade onde antes não havia nada.
Onde antes havia um campo aberto, um lugar selvagem e sem ordem, o homem organizou os caminhos. Traçou ruas, criou praças, tornou possível a proximidade entre as pessoas. Criou espaços: aqui a escola, ali a igreja, mais adiante o teatro, o estádio para esportes, e pôs tudo isso em mapas, para as pessoas pudessem rapidamente chegar aos seus destinos
(...)

Cidade é civilização, Marino Boeira, jornalista, formado em História pela UFRGS, Disponível em: http://port.pravda.ru/news/cplp/07-03-2017/42828-cidade_civilizacao-0/

- Texto 3

Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue.
Dentre os problemas sociais urbanos, entretanto, o principal é o processo de favelização. Esse se associa também à concentração de renda, ao desemprego e à falta de planejamento urbano. Muitas pessoas, por não disporem de condições financeiras para custear suas moradias, acabam não encontrando outra saída senão ocupar de forma irregular (através de invasões) áreas que geralmente não apresentam características favoráveis à habitação, como os morros com elevada declividade.

Problemas Sociais Urbanos – Rodolfo Alves Pena, geógrafo, disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanizacao.htm

- Texto 4:
Outra cidade é possível
Urbanistas oferecem receitas para construir metrópoles habitáveis que sejam capitais de oportunidade

(...)
O futuro dos carros
Alejandro Aravena: Deve ser dada atenção à forma como afeta o bem comum. Um ônibus, por exemplo, leva 100 vezes mais pessoas que um carro, portanto tem 100 vezes mais direito de passagem. As bicicletas e pedestres, apesar de serem individuais, ocupam pouco espaço, são eficientes no uso do espaço comum. Os carros, por outro lado, são como transporte de baixa densidade. Por isso, tanto o espaço designado para os carros como os investimentos públicos que se façam em infraestrutura para seu deslocamento deveriam ser coerentes com sua posição no “ranking de prioridade” do bem comum, bem abaixo na hierarquia. Nós que andamos de ônibus devemos entender que deveremos pagar um imposto em tempo. A melhor viagem motorizada na cidade é aquela que não se faz.
Janette Sadik-Khan: Deveríamos dar aos cidadãos opções de mobilidade: caminhar, andar de bicicleta, locomover-se em transporte público e serviços como Lyft e Uber terão espaço no futuro das nossas cidades. A chave está em evitar os erros do passado, quando deixamos que a tecnologia modelasse nossa comunidade e construímos cidades que serviam aos carros, em vez de lugares para as pessoas. É imperativo que não repitamos esse erro quando, nos próximos anos, começarem a aparecer na internet os carros sem motorista. As cidades devem se unir para garantir que dessa vez seja a tecnologia que trabalhe para elas, e não o contrário. Isso significa exigir o acesso a dados urbanos fundamentais, garantir que as novas tecnologias melhorem a segurança e a mobilidade para todos, e que os cofres públicos se beneficiem da mesma forma que o setor privado.
Alejandro Aravena, arquiteto chileno, e Janette Sadik-Khan, norte-americana, urbanista, secretária de transportes de Nova Iorque, 2007/2013, disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/26/cultura/1495812995_702019.html

- Texto 5
A cidade pode crescer até o ponto em que conserva sua unidade, mas nunca além disso.
Platão
A cidade avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas aquela onde os ricos usam o transporte público.
Enrique Peñalosa
Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.
Eça de Queirós

- Proposta 6

              A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
É preciso controlar o acesso a bebidas alcoólicas e .
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

- Texto 1

               Em continuação à campanha “Redondo é sair do seu quadrado”, o segundo filme da série de verão da Skol quer inspirar as pessoas a aproveitarem a estação mais quente e divertida do ano onde estiverem, sem preconceitos ou tabus.
               Com personagens de diversos perfis, o novo filme que fala sobre quebrar seus próprios preconceitos e aproveitar o verão do jeito que você é. A marca quer aproveitar a estação para mostrar que é o momento das pessoas se libertarem das preocupações.
               “O Brasil é muito plural. E é no verão que toda a nossa diversidade vem à tona. Queremos com a nossa campanha mostrar que todos podem e devem ter orgulho do que são, do que gostam e curtir de verdade um verão livre de estereótipos. Essa é a mensagem principal de toda a nossa comunicação neste verão”, comenta Lia Bertoni, gerente de marketing de Skol.


- Texto 2

A PROPAGANDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO BRASIL
Por Ilana Pinsky
Psicóloga, pós-doutorada na Robert Wood Johnson Medical School (EUA) e integrante da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

               A propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil é regulada pela lei n. 9,294, de 1996.  Segundo essa lei, que também regulamenta os cigarros, entre outros produtos, bebida alcoólica é somente aquela com mais de 13 GL, ou seja, exclui cervejas e vinhos. No início de 2003, o governo pareceu mais consciente do que nunca sobre a importância de introduzir restrições mais profundas com a intenção de reduzir os problemas relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas. No que diz respeito às propagandas de álcool, o ministro da saúde propôs a inclusão das cervejas na restrição de horário de veiculação.
               A cerveja possui papel de destaque entre as bebidas alcoólicas consumidas no Brasil. Dos cerca de U$ 106,000,000 gastos em propaganda de álcool na mídia em 2001, 80% foi em cerveja. Da mesma maneira, o consumo de cerveja representa 85% das bebidas alcoólicas consumidas. Apesar dessa quantidade ser muito menor se levarmos em conta apenas o álcool puro das bebidas alcoólicas, a cerveja certamente é uma bebida alcoólica e tem um papel importante em muitos dos problemas relacionados ao álcool, principalmente no que diz respeito aos jovens.
               Os números de problemas associados ao álcool no Brasil não deixam dúvida quanto ao potencial devastador deste, principalmente junto aos jovens. Em acidentes com motoristas alcoolizados, episódios de violência relacionado ao álcool, intoxicação alcoólica, etc., os jovens têm uma participação importante e início cada vez mais precoce. As propagandas e marketing das bebidas alcoólicas no Brasil são parte integrante da criação de um clima normatizador, associando-as exclusivamente a momentos gloriosos, à sexualidade e a ser brasileiro, esquecendo-se dos problemas associados.
               Restringir a propaganda de álcool é uma estratégia importante? Estudos recentes e utilizando metodologia avançada têm conseguido mostrar associações importantes entre a propaganda de bebidas alcoólicas e o consumo de álcool entre os jovens. Uma das pesquisas mais interessantes comprovou o impacto que apreciar propagandas de cerveja aos 18 anos tinha sobre o consumo de álcool e o comportamento agressivo relacionado ao uso de álcool aos 21 anos. Outro estudo dirigindo-se à faixa etária dos 10-17 anos, encontrou que gostar da propaganda e assistir a propagandas com maior frequência associou-se com a expectativa de beber mais no futuro. Além disso, muitos dos jovens entrevistados sentiram que as propagandas de álcool os encorajavam a beber, especialmente os meninos de 10-13 anos, que aceitavam as propagandas como realísticas.    
                No entanto, qualquer pessoa que já tenha assistido a alguma propaganda de álcool na televisão brasileira, verifica a agressiva utilização da sexualidade nas propagandas, especialmente no caso da cerveja. Também é fácil verificar que os (muito) jovens são certamente alvos das propagandas, com temas evidentemente voltados a eles (ex: desenhos animados, festas rave, etc.). Além disso, as indústrias têm desenvolvido produtos voltados a essa faixa etária (os produtos “ice”, destilados misturados com refrigerantes ou sucos), e oferecido patrocínio a festas exclusivamente desse público-alvo (ex.: Skol Bits). Mas tão importante como as estratégias descritas acima, é a utilização do Brasil e de símbolos nacionais para a venda de álcool. Um exemplo bem recente e evidente dessa técnica ocorreu durante [a realização] Copa Mundial de Futebol, com a criação de uma tartaruga de desenho animado associada a uma marca de cerveja que foi denominada a “torcedora símbolo da seleção brasileira”. Algumas marcas de cachaça também têm se utilizado de características fortemente brasileiras, como o samba, para vender seus produtos.
               Esse tipo de associação das bebidas alcoólicas com o que temos de mais característico no nosso país normatiza o álcool. Em especial, esse é mais um exemplo de como a propaganda do álcool mostra apenas uma face do uso do álcool, esquecendo ou associando à uma minoria de “pessoas problemáticas” sua importante contribuição para a morbidade, mortalidade e prejuízos sociais, inclusive no que se refere a criar um ambiente hostil e ridicularizador às mensagens e medidas de saúde pública.
               Por que essa situação é importante? Um fator é a virtual inexistência de contrapartida da indústria do álcool no Brasil, no que se refere ao desenvolvimento de atividades sérias, coerentes e efetivas de prevenção ao abuso do álcool. Com exceção de uma atividade de pequenas proporções desenvolvida por uma das maiores indústrias de álcool no Brasil, a indústria como um todo não dá sinais de reconhecer sua responsabilidade social, nem para fins de relações públicas. Ou seja, a indústria das bebidas alcoólicas não assume e não se responsabiliza por qualquer tipo de problema relacionado ao álcool.
               A indústria do álcool e da propaganda no Brasil não estão, nem de longe, desempenhando um papel responsável nessa situação. Medidas claras devem ser tomadas para lidar com esse importante problema de saúde pública.






- Introdução:
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- Desenvolvimento:
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- Desenvolvimento:
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- Conclusão:
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