LÚMEN ESPECÍFICA DE REDAÇÃO
PROFESSORES MÁRCIO, SINVAL, ZÉ LARANJA
- Proposta 5
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
A
civilização contemporânea é urbana, mas é preciso humanizar as cidades.
apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
- Texto 1
O sol nasce e ilumina as
pedras evoluídas
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas
Não importa se são ruins, nem importa se são boas
E a cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas
Não importa se são ruins, nem importa se são boas
E a cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs
A cidade não para, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade se encontra
prostituída
Por aqueles que a usaram em busca de saída
Ilusora de pessoas de outros lugares
A cidade e sua fama vai além dos mares
No meio da esperteza internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
Por aqueles que a usaram em busca de saída
Ilusora de pessoas de outros lugares
A cidade e sua fama vai além dos mares
No meio da esperteza internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A cidade não para, a cidade
só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
O de cima sobe e o de baixo desce
A Cidade, Chico Science e Nação Zumbi – composição de
Chico Science, disponível em: https://www.letras.mus.br/nacao-zumbi/77652/
- Texto 2
A cidade,
principalmente a grande cidade, é a forma mais civilizada que o homem já
encontrou para estabelecer uma relação construtiva com outros homens.
É só nela que existe o espaço
suficiente para que ele realize todas suas potencialidades como ser político,
como construtor, como artista.
Desde a pólis grega, foi sempre nas
cidades que o futuro da humanidade foi escrito. O renascimento não existiria
sem Firenze e Roma. As caravelas que fizeram os grandes descobrimentos
partiram de Gênova e Lisboa. A Revolução Francesa aconteceu em Paris. Foi
com a tomada do Palácio de Inverno em São Petersburgo que se deu início à
Revolução Comunista. As Torres Gêmeas, cuja destruição provocou a invasão do
Iraque pelos Estados Unidos, estavam em Nova York.
Juscelino dizia que o Brasil precisava
de uma nova cidade como capital e Niemayer e Lúcio Costa construíram Brasília,
essa bela e grande cidade onde antes não havia nada.
Onde antes havia um campo
aberto, um lugar selvagem e sem ordem, o homem organizou os caminhos. Traçou
ruas, criou praças, tornou possível a proximidade entre as pessoas. Criou
espaços: aqui a escola, ali a igreja, mais adiante o teatro, o estádio para
esportes, e pôs tudo isso em mapas, para as pessoas pudessem rapidamente chegar
aos seus destinos
(...)
Cidade é civilização, Marino
Boeira, jornalista, formado em História pela UFRGS, Disponível em: http://port.pravda.ru/news/cplp/07-03-2017/42828-cidade_civilizacao-0/
- Texto 3
Dentre os problemas sociais
urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da concentração
de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à
promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A
especulação imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos
grandes centros, tornando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além
disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil
acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da
população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as
grandes distâncias dos locais de residência com os centros comerciais e os
locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que
sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a
isso as precárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura
dessas zonas segregadas, que às vezes não contam com saneamento básico ou
asfalto e apresentam elevados índices de violência.
A especulação imobiliária também
acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e até pequenas
cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois principais
motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que
não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos
lotes para que esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes
vagos geralmente apresentam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e
acabam tornando-se focos de doenças, como a dengue.
Dentre os problemas sociais
urbanos, entretanto, o principal é o processo de favelização. Esse se associa
também à concentração de renda, ao desemprego e à falta de planejamento urbano.
Muitas pessoas, por não disporem de condições financeiras para custear suas
moradias, acabam não encontrando outra saída senão ocupar de forma irregular
(através de invasões) áreas que geralmente não apresentam características
favoráveis à habitação, como os morros com elevada declividade.
Problemas
Sociais Urbanos – Rodolfo Alves Pena, geógrafo, disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanizacao.htm
- Texto 4:
Outra cidade é
possível
Urbanistas
oferecem receitas para construir metrópoles habitáveis que sejam capitais de
oportunidade
(...)
O futuro dos carros
Alejandro
Aravena: Deve ser dada atenção à forma
como afeta o bem comum. Um ônibus, por exemplo, leva 100 vezes mais pessoas que
um carro, portanto tem 100 vezes mais direito de passagem. As bicicletas e
pedestres, apesar de serem individuais, ocupam pouco espaço, são eficientes no
uso do espaço comum. Os carros, por outro lado, são como transporte de baixa
densidade. Por isso, tanto o espaço designado para os carros como os
investimentos públicos que se façam em infraestrutura para seu deslocamento
deveriam ser coerentes com sua posição no “ranking de prioridade” do bem comum,
bem abaixo na hierarquia. Nós que andamos de ônibus devemos entender que
deveremos pagar um imposto em tempo. A melhor viagem motorizada na cidade é
aquela que não se faz.
Janette Sadik-Khan:
Deveríamos dar aos cidadãos opções de mobilidade: caminhar, andar de bicicleta,
locomover-se em transporte público e serviços como Lyft e Uber terão espaço no
futuro das nossas cidades. A chave está em evitar os erros do passado, quando
deixamos que a tecnologia modelasse nossa comunidade e construímos cidades que
serviam aos carros, em vez de lugares para as pessoas. É imperativo que não
repitamos esse erro quando, nos próximos anos, começarem a aparecer na internet
os carros sem motorista. As cidades devem se unir para garantir que dessa vez
seja a tecnologia que trabalhe para elas, e não o contrário. Isso significa
exigir o acesso a dados urbanos fundamentais, garantir que as novas tecnologias
melhorem a segurança e a mobilidade para todos, e que os cofres públicos se
beneficiem da mesma forma que o setor privado.
Alejandro
Aravena, arquiteto chileno, e Janette Sadik-Khan, norte-americana, urbanista,
secretária de transportes de Nova Iorque, 2007/2013, disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/26/cultura/1495812995_702019.html
-
Texto 5
A
cidade pode crescer até o ponto em que conserva sua unidade, mas nunca além
disso.
Platão
A
cidade avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas aquela onde os
ricos usam o transporte público.
Enrique Peñalosa
Os
sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.
Eça de Queirós
- Proposta 6
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
É
preciso controlar o acesso a bebidas alcoólicas e .
apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
- Texto 1
Em continuação à campanha
“Redondo é sair do seu quadrado”, o segundo filme da série de verão da Skol
quer inspirar as pessoas a aproveitarem a estação mais quente e divertida do
ano onde estiverem, sem preconceitos ou tabus.
Com personagens de diversos
perfis, o novo filme que fala sobre quebrar seus próprios preconceitos e
aproveitar o verão do jeito que você é. A marca quer aproveitar a estação para
mostrar que é o momento das pessoas se libertarem das preocupações.
“O Brasil é muito plural. E é no verão
que toda a nossa diversidade vem à tona. Queremos com a nossa campanha mostrar
que todos podem e devem ter orgulho do que são, do que gostam e curtir de
verdade um verão livre de estereótipos. Essa é a mensagem principal de toda a
nossa comunicação neste verão”, comenta Lia Bertoni, gerente de marketing de
Skol.
Disponível em: http://exame.abril.com.br/marketing/skol-estimula-quebra-de-padroes-em-campanha-de-verao/#
- Texto 2
A PROPAGANDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO BRASIL
Por Ilana Pinsky
Psicóloga, pós-doutorada na Robert Wood Johnson Medical School (EUA) e
integrante da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de
São Paulo – UNIFESP
A propaganda de bebidas
alcoólicas no Brasil é regulada pela lei n. 9,294, de 1996. Segundo essa lei, que também regulamenta os
cigarros, entre outros produtos, bebida alcoólica é somente aquela com mais de
13 GL, ou seja, exclui cervejas e vinhos. No início de 2003, o governo pareceu
mais consciente do que nunca sobre a importância de introduzir restrições mais
profundas com a intenção de reduzir os problemas relacionados ao consumo de
bebidas alcoólicas. No que diz respeito às propagandas de álcool, o ministro da
saúde propôs a inclusão das cervejas na restrição de horário de veiculação.
A cerveja possui papel de destaque
entre as bebidas alcoólicas consumidas no Brasil. Dos cerca de U$ 106,000,000
gastos em propaganda de álcool na mídia em 2001, 80% foi em cerveja. Da mesma
maneira, o consumo de cerveja representa 85% das bebidas alcoólicas consumidas.
Apesar dessa quantidade ser muito menor se levarmos em conta apenas o álcool
puro das bebidas alcoólicas, a cerveja certamente é uma bebida alcoólica e tem
um papel importante em muitos dos problemas relacionados ao álcool,
principalmente no que diz respeito aos jovens.
Os números de problemas
associados ao álcool no Brasil não deixam dúvida quanto ao potencial devastador
deste, principalmente junto aos jovens. Em acidentes com motoristas
alcoolizados, episódios de violência relacionado ao álcool, intoxicação
alcoólica, etc., os jovens têm uma participação importante e início cada vez
mais precoce. As propagandas e marketing das bebidas alcoólicas no Brasil são
parte integrante da criação de um clima normatizador, associando-as
exclusivamente a momentos gloriosos, à sexualidade e a ser brasileiro,
esquecendo-se dos problemas associados.
Restringir a propaganda de
álcool é uma estratégia importante? Estudos recentes e utilizando metodologia
avançada têm conseguido mostrar associações importantes entre a propaganda de
bebidas alcoólicas e o consumo de álcool entre os jovens. Uma das pesquisas
mais interessantes comprovou o impacto que apreciar propagandas de cerveja aos
18 anos tinha sobre o consumo de álcool e o comportamento agressivo relacionado
ao uso de álcool aos 21 anos. Outro estudo dirigindo-se à faixa etária dos
10-17 anos, encontrou que gostar da propaganda e assistir a propagandas com
maior frequência associou-se com a expectativa de beber mais no futuro. Além
disso, muitos dos jovens entrevistados sentiram que as propagandas de álcool os
encorajavam a beber, especialmente os meninos de 10-13 anos, que aceitavam as
propagandas como realísticas.
No entanto, qualquer pessoa que
já tenha assistido a alguma propaganda de álcool na televisão brasileira,
verifica a agressiva utilização da sexualidade nas propagandas, especialmente
no caso da cerveja. Também é fácil verificar que os (muito) jovens são
certamente alvos das propagandas, com temas evidentemente voltados a eles (ex:
desenhos animados, festas rave, etc.). Além disso, as indústrias têm
desenvolvido produtos voltados a essa faixa etária (os produtos “ice”,
destilados misturados com refrigerantes ou sucos), e oferecido patrocínio a
festas exclusivamente desse público-alvo (ex.: Skol Bits). Mas tão importante
como as estratégias descritas acima, é a utilização do Brasil e de símbolos
nacionais para a venda de álcool. Um exemplo bem recente e evidente dessa
técnica ocorreu durante [a realização] Copa Mundial de Futebol, com a criação
de uma tartaruga de desenho animado associada a uma marca de cerveja que foi
denominada a “torcedora símbolo da seleção brasileira”. Algumas marcas de
cachaça também têm se utilizado de características fortemente brasileiras, como
o samba, para vender seus produtos.
Esse tipo de associação das
bebidas alcoólicas com o que temos de mais característico no nosso país
normatiza o álcool. Em especial, esse é mais um exemplo de como a propaganda do
álcool mostra apenas uma face do uso do álcool, esquecendo ou associando à uma
minoria de “pessoas problemáticas” sua importante contribuição para a
morbidade, mortalidade e prejuízos sociais, inclusive no que se refere a criar
um ambiente hostil e ridicularizador às mensagens e medidas de saúde pública.
Por que essa situação é
importante? Um fator é a virtual inexistência de contrapartida da indústria do
álcool no Brasil, no que se refere ao desenvolvimento de atividades sérias,
coerentes e efetivas de prevenção ao abuso do álcool. Com exceção de uma
atividade de pequenas proporções desenvolvida por uma das maiores indústrias de
álcool no Brasil, a indústria como um todo não dá sinais de reconhecer sua
responsabilidade social, nem para fins de relações públicas. Ou seja, a indústria
das bebidas alcoólicas não assume e não se responsabiliza por qualquer tipo de
problema relacionado ao álcool.
A indústria do álcool e da
propaganda no Brasil não estão, nem de longe, desempenhando um papel
responsável nessa situação. Medidas claras devem ser tomadas para lidar com
esse importante problema de saúde pública.
- Introdução:
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- Desenvolvimento:
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- Desenvolvimento:
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- Conclusão:
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